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Artesanato Guarani

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Guarani: Etnias Indígenas das Américas, sobretudo América do Sul, Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e parte do Brasil. O artesanato é confeccionado há séculos pelo povo Guarani. Tradicionalmente, os objetos eram usados no dia-a-dia e em seus rituais. Nos dias de hoje comercializam o artesanato como fonte de renda e também como forma de manter sua cultura viva. Essa atividade envolve praticamente toda a família, que é responsável pela confecção de uma variedade de peças como cestarias, instrumentos musicais, esculturas em madeira, utensílios de caça e adornos. O processo de produção do artesanato envolve a coleta da matéria-prima na mata, sua preparação como corte secagem e tingimento até a confecção das peças. Dependendo do tipo de artesanato, esse processo pode levar dias ou semanas.  Cestarias : De vários tipos e tamanhos as peças são confeccionadas com esmero, precisão nos grafismos geométricos e delicadeza no corte milimétrico das tiras de bambu (miolo) e ci...
A história do biquíni

Há relatos de pinturas encontradas por arqueólogos em murais minóicos que datam de 1600 a.C, com desenhos dos mais antigos precursores dos biquínis. E também em um mosaico romano do século IV com várias mulheres praticando esportes com trajes semelhantes. 



Porém com a chegada do cristianismo a peça foi proibida e as mulheres tiveram que esconder o corpo e trocar as peças pequenas por peças longas. Mas como tudo evolui as peças começaram a encurtar, os trajes foram diminuindo por volta de 1890. Em 1920 as mulheres começaram a adquirir mais independência, pois precisaram trabalhar durante a Primeira Guerra Mundial, enquanto seus maridos estavam na Guerra. Com isso o traje de banho começou a adquirir mais forma e a valorizar mais o corpo feminino. Contudo o tecido ainda era pesado e somente nos anos de 1930 com ajuda do glamour do cinema, surgiram os maiôs e os tecidos começaram a ficar mais leves.



O biquíni por incrível que pareça tem inspiração em uma explosão atômica, entrelaçando acontecimentos com efeito na moda e na política na década de 1940 nas sociedades asiática, americana e europeia.  Em junho de 1946, militares americanos retiraram milhares moradores do Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall, Micronésia, devido aos testes com bombas nucleares. Enquanto alguns habitantes foram encaminhados aos Estados Unidos, outros foram para ilhas no sul do Pacífico, onde sofreram os efeitos colaterais da radioatividade. Para que os médicos americanos pudessem examinar as pessoas, os militares usaram folhas de velhos exemplares do jornal The New York Times para cobrir pelo menos as partes íntimas das pessoas contaminadas.
No mesmo período, corria na França a notícia sobre a série de detonações nucleares no Atol e sobre o episódio do jornal-lingerie no Pacífico. Foi então que Jacques Heim um designer de costureiro de Cannes, na França desenhou um pequeno maiô chamado Átomo, o menor maiô do mundo. Mas inspirado na idéia de Heim ou por iniciativa própria de cortar o maiô ao meio. O engenheiro mecânico francês Louis Réard, costurou um novo traje de banho, batizado com uma das palavras mais em evidência na época: Bikini. Assim ficou com a fama pela invenção "menor do que o menor maiô do mundo". De início a nova vestimenta  não conquistou o público e foi descrita por um jornal,  como quatro triângulos de nada. Apesar do primeiro biquíni, todo em algodão com estampa imitando a página de um jornal, comportado se comparado aos modelos atuais.  A sociedade ficou escandalizada diante da miudeza da peça, tanto que nenhuma modelo da época quis vesti-lo para divulgar a novidade. Então a stripper Micheline Bernardini se tornou a primeira mulher a desfilar com um biquíni, a beira de uma piscina pública em Paris, no dia 5 de julho de 1946. 




“A realidade é que a bomba atômica explodiu no atol de Bikini, e tempos depois o biquíni explodiu no mundo”. 

Em 1950 os biquínis foram proibidos em vários países em especial na Europa. No entanto atrizes de Hollywood entre elas Marilyn Monroe e pin-ups americanas foram as maiores divulgadoras do traje. Mas Brigitte Bardot ícone da beleza causou uma explosão de sensualidade que marcou época com o filme E Deus criou a mulher (1956). No Brasil, o biquíni só começou a ser usado no final da década, por vedetes que atraíam multidões para as areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. 





Nos anos 1960 através do cinema, o biquíni ganhou destaque tornou-se um símbolo pop. As resistências foram sendo vencidas até que a peça se tornou um sucesso no mundo inteiro. Ainda na mesma década, o designer norte-americano Rudi Gernreich deixou de lado a parte superior do biquíni criando o topless, ousadia adotada nos balneários europeus e proibida no Brasil. Foi também nesta época que surgiu o Engana Mamãe, na frente parecia um maiô e atrás um típico biquíni. 




Em 1970 surge no Rio de Janeiro a famosa tanga, minúscula, a versão tropical do biquíni, a modelo Rose Di Primo é considerada a inventora da peça. Na época também surgiu uma combinação ousada, fora dos padrões, o composê, calcinha lisa com o top estampado. 




Na década de 1980 uma explosão de ousadia e criatividade, surgiram muitos modelos que tornaram-se ícones da moda praia como as calcinhas asa delta, de lacinhos nas laterais, enroladinha e o famoso top cortininha de alma carioca que conquistou o Brasil e o mundo. Nesta mesma época surgiram os biquínis em crochê um tanto hippie. E quando o biquíni já não podia ser menor, surgiu o fio-dental, ainda o preferido entre as mais jovens e em outro extremo o sunquíni, mais comportado, maior e confortável. Nas praias e piscinas houve uma invasão de cores fortes, fluorescentes e muito brilho. 




Nos anos 1990 o estilo retrô fez sucesso, ressurgindo em biquínis mais românticos e comportados. Um apanhado das décadas anteriores, em que clássicos voltaram às areias brasileiras. Neste período a moda praia conquistou um espaço ainda maior no universo fashion. Além do biquíni, saídas de praias e acessórios foram incorporadas a cultura de consumo da praia. E com a tecnologia aplicada aos tecidos as peças se tornaram mais resistentes e apropriadas ao banho de mar e de piscina.




E nos anos 2000 por refletir tendências, estilos e comportamento, a moda praia passa a ocupar um espaço importante no mercado de moda. E, neste contexto, as areias brasileiras são excelentes laboratórios de novas ideias. O setor de vestuário que coloca o Brasil na vanguarda, sem duvida é o de moda praia. Por ser o país que mais fabrica e consome esse tipo de roupa, o Brasil avançou em tecnologia e modelagem ao longo dos anos. Com uma variedade enorme de modelos e tecidos com infinitas combinações, a moda praia está mais democrática do que nunca.
Grifes brasileiras destacam-se mundo afora pela qualidade, estamparia, acabamento e riqueza de detalhes. Mas por outro lado há pequenos fabricantes que invadem as praias de todo Brasil com peças a preço irresistíveis. Há milhares de revendas de biquínis espalhadas por todo o país gerando emprego e renda a muitas famílias. Disseminadores do biquíni que é sinônimo de sensualidade, beleza, liberdade, descanso e diversão.
A vocação natural do país para o uso dos trajes de banho, talvez um reencontro com suas origens, e um extenso litoral com clima tropical faz com que os brasileiros sejam loucos por praia... E porque não loucos por biquínis...




Fontes:
Juliana Sayuri/Elle e Manequim
Mary Bellis/About.com
Ana Lucia Santana/InfoEscola
Claudia Garcia/Folha Online Aol
Ana Ferreira/Evolução da moda
Tha Farias/ A vida com estilo
www.cenaurbana.com.br





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